A educação...era
essencialmente um bem de consumo, que somente aos poucos foi se expandindo e
atendendo as camadas mais amplas, constituindo um potencial que, no século XVIII,
complementado por estudos na Europa e sob a influência das idéias iluministas
então disseminadas, começou a revelar-se de forma crítica no combate ao poder
da metrópole mediante diversos movimentos revolucionários de cunho separatista
que irromperam na colônia.9(Pensamento
Pedagógico e a ação docente - de Almeida).
A
entrevistada não passou nem um milésimo por perto da citação acima:
nascida de uma família muito humilde do interior de Minas Gerais mudou-se ainda
bebê para Belo Horizonte. Sua mãe então
viúva repartiu seus 5 filhos nos orfanatos. Sendo criada e educada em um
colégio de freiras formou o colegial. No ano seguinte conseguiu seu primeiro
contrato na rede estadual de ensino.Inexperiente, mas com muita força de
vontade conseguiu vencer os obstáculos e após onze anos foi efetivada através
de concurso público. Sempre trabalhando nas séries iniciais de ensino básico
passou por diversos métodos de alfabetização tais como: Global , Fônico e a teoria do Construtivismo.
Utilizou várias cartilhas de alfabetização: A casinha de Lili,, Caminho suave, Os três Porquinhos, O burrinho Alpinista e
etc...Houve muitas mudanças significativas em sua prática durante este
percurso: Devido aos conhecimentos de vários métodos e teorias de alfabetização pude aprimorar e
ampliar meus conhecimentos nesta área ,os objetivos a serem alcançados eram:
ler ,escrever e dominar as quatro operações matemáticas.(Palavras da
entrevistada). Em meados do ano de
1995 já como arrimo de família prestou concurso em outra rede de ensino sendo
mais uma vez aprovada e efetivada. Em 1996 entrou para a faculdade no, curso de
letras concluindo-o em 1998. No ano seguinte fez a pós-graduação em leitura e literatura adquirindo uma bolsa conveniada com a Prefeitura de Ribeirão das Neves.Em 1999 fez sua 2º pós-graduação em: Inspeção Escolar pela FINOM. Tudo com muita
dificuldade e muita força de vontade em universidades particulares. Pode então
conhecer as diferenças em trabalhar nas duas redes de ensino: a primeira por
ser tão grande e atender um número maior
de alunos foi sempre muito difícil para se resolver os problemas ali existentes
(na escola). A segunda ela ama trabalhar lá porque é um município pequeno, escola
pequena , poucos profissionais todos se conhecem e tem uma coisa de família que
é fundamental num ambiente de trabalho, logo, isto se reflete no dia-a-dia do
trabalho: há união, paz, troca-troca de informações e experiências e não falta
alegria. Trabalhando há dezessete anos nesta rede de ensino diz está realizada
profissionalmente porque tem autonomia e se sente a vontade para tomar as
decisões necessárias quanto as
dificuldades encontradas a direção se coloca em prontidão para ajudar quanto a
falta de material de alguns alunos ,
para realização de projetos ou eventos
de comemorações escolares. Há dificuldades, existem alunos problemas mas é bem
mais fácil de se resolver. Quando as coisas parecem difíceis os responsáveis
são chamados na escola para uma conversa e sempre há um consenso entre as
partes havendo soluções para os problemas.
Portanto, quando há vontade política por parte dos governos
tudo é possível. Quando a direção apóia o professor em seu trabalho a
alfabetização acontece. E o professor que é valorizado pode ousar em sua prática docente e o aprendizado acontece de fato!!.
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