domingo, 12 de agosto de 2012

A educação ainda é possível desde que o professor seja valorizado e compromissado.


A  educação...era essencialmente um bem de consumo, que somente aos poucos foi se expandindo e atendendo as camadas mais amplas, constituindo um potencial que, no século XVIII, complementado por estudos na Europa e sob a influência das idéias iluministas então disseminadas, começou a revelar-se de forma crítica no combate ao poder da metrópole mediante diversos movimentos revolucionários de cunho separatista que  irromperam na colônia.9(Pensamento Pedagógico e a ação docente - de Almeida).
 A entrevistada  não passou  nem um milésimo por perto da citação acima: nascida de uma família muito humilde do interior de Minas Gerais mudou-se ainda bebê para  Belo Horizonte. Sua mãe então viúva repartiu seus 5 filhos nos orfanatos. Sendo criada e educada em um colégio de freiras formou o colegial. No ano seguinte conseguiu seu primeiro contrato na rede estadual de ensino.Inexperiente, mas com muita força de vontade conseguiu vencer os obstáculos e após onze anos foi efetivada através de concurso público. Sempre trabalhando nas séries iniciais de ensino básico passou por diversos métodos de alfabetização tais como:  Global , Fônico e a teoria do Construtivismo. Utilizou várias cartilhas de alfabetização: A casinha de Lili,, Caminho suave, Os três Porquinhos, O burrinho Alpinista e etc...Houve muitas mudanças significativas em sua prática durante este percurso: Devido aos conhecimentos de vários métodos  e teorias de alfabetização pude aprimorar e ampliar meus conhecimentos nesta área ,os objetivos a serem alcançados eram: ler ,escrever e dominar as quatro operações matemáticas.(Palavras da entrevistada).  Em meados do ano de 1995 já como arrimo de família prestou concurso em outra rede de ensino sendo mais uma vez aprovada e efetivada. Em 1996 entrou para a faculdade no, curso de letras concluindo-o em 1998. No ano seguinte fez a pós-graduação em  leitura e literatura adquirindo uma bolsa conveniada com a Prefeitura de Ribeirão das Neves.Em 1999 fez sua 2º pós-graduação em: Inspeção Escolar pela FINOM. Tudo com muita dificuldade e muita força de vontade em universidades particulares. Pode então conhecer as diferenças em trabalhar nas duas redes de ensino: a primeira por ser tão grande e atender um  número maior de alunos foi sempre muito difícil para se resolver os problemas ali existentes (na escola). A segunda ela ama trabalhar lá porque é um município pequeno, escola pequena , poucos profissionais todos se conhecem e tem uma coisa de família que é fundamental num ambiente de trabalho, logo, isto se reflete no dia-a-dia do trabalho: há união, paz, troca-troca de informações e experiências e não falta alegria. Trabalhando há dezessete anos nesta rede de ensino diz está realizada profissionalmente porque tem autonomia e se sente a vontade para tomar as decisões  necessárias quanto as dificuldades encontradas a direção se coloca em prontidão para ajudar quanto a falta de material  de alguns alunos , para  realização de projetos ou eventos de comemorações escolares. Há dificuldades, existem alunos problemas mas é bem mais fácil de se resolver. Quando as coisas parecem difíceis os responsáveis são chamados na escola para uma conversa e sempre há um consenso entre as partes havendo soluções para os problemas.
Portanto, quando há vontade política por parte dos governos tudo é possível. Quando a direção apóia o professor em seu trabalho a alfabetização acontece. E o professor que é valorizado  pode ousar em sua prática docente e o aprendizado acontece de fato!!.

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